quinta-feira, 9 de julho de 2015

* Life is precious, full of treasures *

The best thing 

Por vezes, durante a noite ainda sonho que voltei, ou que nunca saí. Costumava ser um sitio onde me sentia bem, estava rodiada de amigos, pessoas a quem eu podia falar de tudo, estar bem e fugir aos dramas familiares. Um sitio onde podia me divertir, e onde podia divertir e ajudar. Depois esse sitio deixou de ser bom, passou a ser sufocante. Não podia estar com quem queria, o objectivo já não era divertir, mas sim, ganhar, chegar rápido, ser o melhor, e para isso tinha a minha mãe. Já não havia diferença entre os dramas familiares e estar no nosso agrupamento. Como se isso não fosse suficiente, o sitio onde eu estava rodiada de amigos deixou de existir, e passou a estar recheado de conhecidos, onde os grupinhos já estavam feitos e eu não me inserida em nenhum, só sobravas tu, mas também não podia estar contigo. Lembro-me tão bem, cheguei à sede, ia-mos para um ERP e já lá estavam pessoas, quando cheguei disse "olá" e ninguém deixou de falar sobre os seus assuntos banais para me cumprimentar. Senti-me oficialmente sozinha. Nesse momento decidi que esse seria o meu ultimo acampamento, já não aguentava mais aquilo. Já não era um sitio onde me sentia bem, era apenas um sitio onde tinha que ir aos sábados à tarde e por vezes acampar durante o fim-de-semana. Aguentei quando nos tentaram separar, não podia estar contigo, mesmo que estivessem mais pessoas connosco, não podia falar contigo, nem podia sentar-me ao teu lado ás refeições. Ia mudar-me para a Suíça e eles mesmo assim não me deixavam aproveitar ao máximo o tempo que me restava a teu lado. Felizmente não cheguei a ir embora. Aguentei isso. Quando a nossa equipa de seis elementos se reduziu a dois, nós, mesmo assim, não abandonei a Comunidade onde era-mos apenas dois. Conseguimos erguer de novo a Equipa, e as coisas pareciam estar melhores, mas depois separaram a nossa equipa, e nesse momento sabia que não ia durar muito naquele sitio. Eu tentei, mas aquele episódio da sede foi a gota de água, não dava mais. Ainda por cima porque queria passar para os Caminheiros, nesse ano faria 18 anos, sentia que merecia, mas ninguém me queria passar, e diziam que talvez no ano seguinte também não deveria passar por falta de elementos naquela secção. Então o quê? Ia ficar nos Pioneiros para sempre? Não gostei, já não me sentia bem lá. Não aguentava mais. 
Este ano soube que passaram um Pioneiro para lá. Senti-me injustiçada, para mim não valia a pena passarem-me para os Caminheiros, porque é que para ele já valia? É melhor que eu? E agora querem que volte, que vá para os Caminheiros para ele não estar lá sozinho. Tenho pensado em voltar, mas depois chego à conclusão que aquilo para mim já não significa o mesmo, já não é o que era, mesmo que finalmente vá para outra secção.
Fico triste que tenha acabado assim. Já saí à um ano e meio, mas parece que foi ontem.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

mini férias

Amor 

Estes quatro dias na Nazaré foram um sonho. Amei estar contigo, só contigo. Ir-mos à praia juntos, esticar a toalha vermelha ao lado da cor-de-laranja e apanhar solinho ao teu lado; pores-me protector solar; ir-mos ao mar juntos e pegares-me ao colo quando vinha uma onda grande; ficares a olhar para mim enquanto como caracóis; decidir-mos quem ia tomar banho em primeiro lugar; por-mos creme um ao outro por causa dos escaldões; sair à noite pela praia; ver-mos as lojinhas juntos; dormir ao teu lado e de manhã dizeres-me o quanto me mexi até cair no sono profundo; acordar-te para me aqueceres porque estava com frio; chamar-te durante a noite porque tinha tido um pesadelo; acordar ao teu lado; as melhores sensações do mundo. Amei tanto. Agora que voltamos cada um para as suas casas, não quero ir nanar sozinha, não quero acordar com um pesadelo, olhar para o lado e não estares lá, não quero. Estamos separados à três horas e meia e já morro de saudades. Fiquei ainda mais viciada em ti amor. Agora, a próxima vez que vamos dormir juntos é quinta, numa festa na piscina, mal posso esperar por voltar a dormir ao teu lado.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

- viagem


Ainda parece que falta tanto, mas a verdade é que o numero esta a diminuir. Estou tão ansiosa por esta viagem, a primeira que fazemos para fora do pais, praticamente sozinhos. Quero tanto começar a fazer a lista com as coisas que quero levar, que não me posso esquecer de levar; maquina fotográfica, tablet, roupas preferidas. Estou tão ansiosa, mas ainda faltam 56 dias, parece uma eternidade. Quero que passem rápido.

sábado, 20 de junho de 2015

-summertime

Untitled 

À uns meses já tinha montes de planos para as férias de verão, mas como sempre, as coisas raramente acontecem como planeei. 
Comecei por planear que não ia à segunda fase do exame de História e Cultura das Artes, porque não queria passar as minhas férias todas a estudar. Queria passar tudo à primeira, mas agora que o exame já está feito não sei se vou ter que ir à segunda fase; também não quero ficar só com 10 depois de ter andado estes dois anos a estudar.
A segunda coisa que planeei para o verão e que não se vai realizar era passar uma semana, ou duas, na casa de uma pessoa importante para mim. Era-mos como melhores amigas, mas ela mudou-se e as coisas entre nós também mudaram. Ela desiludiu-me e teve atitudes que não compreendo, por tanto já não vou. É melhor assim, não me ia sentir bem.
O resto dos planos espero que se mantenham, por tanto vê-lá se passar no exame de Matemática B porque eu não quero desperdiçar os 90 euros do bilhete de avião. Os dias estão a diminuir, num abrir e fechar de olhos estamos no carro a caminho de Geneve, mal posso esperar.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Memórias

Porque é que tenho aquele estúpido ato de olhar quando não devo e ver quem não devo?
Sei que já passamos por muito, e a nossa história é longa. Também sei que se fossemos pessoas normais a nossa relação não tinha passado do terceiro ano, e já lá vão seis. Decidimos esquecer e ultrapassar o passado, mas quando ele nos passa à frente dos olhos é inevitável pensar, principalmente quando perguntam quem é e nós temos que responder. E depois fazem aquela cara de "ele traiu e tu perdoas-te?". Pois, perdoei. Foi difícil, e é, mas orgulho-me de ter conseguido superar. Espero não me ter arrependido.